Edições Barafunda AJCSS

Depois da conquista dos direitos fundamentais “da liberdade”, civis e políticos, eminentemente individuais, e dos direitos sociais, económicos e culturais, simultâneos com o advento do estado social e ditos “da igualdade”, uma terceira geração de direitos da “fraternidade” emergiu, na segunda metade do século XX.

Simultaneamente, o declínio do Estado-Nação, os desafios à escala global com as sociedades progressivamente multiculturais, exigem uma atenção planetária visando a sua concretização. Nesta linha de pensamento, afirma-se a premência do estabelecimeno de um novo vínculo entre o indivíduo e a sociedade, derivando daqui o conceito de “Cidadania Global”.

O que está em causa? A interiorização dos reptos da heterogeneidade e interdependência e a afirmação de uma solidariedade não apenas sincrónica mas vertical, entre diferentes gerações, no contexto dos atuais desafios ambientais. O respeito pela dignidade humana, um renovado compromisso com a humanidade, em quatro pontos: Paz, Direitos Humanos, Interculturalidade e Desenvolvimento Sustentável.

Debater a Educação

Que Relações de Poder?

Durante dois dias, o Encontro “Qualidade à Criança e ao Jovem: a redução dos riscos” decorreu em Benedita, tendo como premissa dinamizar um fórum de discussão orientado para os seguintes objectivos:

Sistematizar a troca de experiências nos domínios da educação-formação formal e não formal de crianças e jovens.

Reflectir sobre as oportunidades e constrangimentos dos modos educação/formação, socialização.

Discutir as modalidades de trabalho em rede dos agentes de educação-formação e as formas que possibilitem a intervenção prospectiva.

Criar estímulos aos profissionais ao permitir um espaço para a reflexão conjunta, a partilha de saberes e de experiências, e onde o debate de pontos de vista possa contribuir para agir em consonância com as solicitações feitas à missão da educação-formação.

Porquê? A singularidade do tecido produtivo da Benedita suscitou a atenção dos investigadores, traduzida no investimento em estudos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e por centros de investigação estrangeiros, no âmbito de análise dos Sistemas Produtivos Locais (SPL); importa, portanto, potenciar a utilidade social desses trabalhos científicos, o que implica aproximar a ciência dos cidadãos que a fundamentam.

Para quê?

– Debater o conceito de SPL, e as suas cambiantes, em diferentes territórios europeus – estudos de caso em França, Alemanha e Portugal.

– Proporcionar o retorno da informação ao informante, neste caso, aos empresários e demais agentes locais e regionais – o Oeste de Portugal.

– Dar a conhecer o Sistema Produtivo Local – Benedita para: (a) atrair novos investigadores de diferentes áreas científicas – conhecer para melhor atuar; (b) evidenciar as potencialidades empresariais deste território; (c) comprovar a importância da aplicação de projetos de desenvolvimento local; (d) debater com os agentes locais a necessidade de criação de redes de desenvolvimento empresarial e de dinâmicas de cooperação transversal entre o setor público e os privados, nacionais e/ou estrangeiros.